sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012


ÚLCERAS DE PERNA DE ORIGEM VENOSA

  Que são úlceras de perna de origem venosa?
Popularmente conhecidas como úlceras varicosas, decorrem de um transtorno na circulação de retorno das pernas, pois toda a circulação sanguinea de retorno ao coração é feita pelas veias.
Há vários tipos de úlceras de perna:
  • provenientes de ferimentos infectados, ou devidas a doenças infecciosas (sífilis, tuberculose, leishmaniose);

  • por defeitos de glóbulos sanguineos (anemia falciforme);

  • por doenças auto-imunes (esclerodermia);

  • por hipertensão arterial;

  • por má irrigação sanguinea da perna (úlceras isquêmicas);

  • úlceras dos diabéticos;

  • tumores de pele;

  • e úlceras venosas.
Das úlceras de perna, 73% são de origem venosa.
 
  Como se faz a circulação normalmente nestas veias da perna?
Há veias na camada superficial, em meio ao tecido subcutâneo e há veias profundas no meio da camada muscular. A circulação é feita 90% por estas veias profundas que recebem as superficiais e o sangue corre de baixo para cima do pé até o coração e das veias superfzciais para as profundas.
0 fluxo sanguíneo do pé até o coração depende:
  • da contração dos músculos da panturrilha ("barriga da perna ") que espreme as veias e faz o sangue subir.

  • de dispositivos valvulares (pequenos saquinhos na luz da veia) que não permitem que o sangue volte, isto é, impedem o refluxo sanguíneo.

  Quais as dificuldades para o retorno do sangue?
 Subindo pelas veias para o coração o sangue segue contra a ação da gravidade e contra a pressão positiva do abdome. Há fatos que aumentam estas dificuldades, além dos hábitos prejudiciais que diminuem o efeito da "bomba" muscular da panturrilha ("barriga da perna"), tais como:
  • presença de válvulas defeituosas desde o nascimento (congênitas), o que é raro, ou adquiridas (lesadas pela TVP);

  • válvulas que se tornam incompetentes com o aparecimento de varizes;

  • aumento da pressão abdominal nos obesos e gestantes.
Nas gestações, além da compressão das grandes veias do abdome, há a ação hormonal.
Tudo isto permite o refluxo sangüíneo para a parte distal da perna, para os tornozelos.
A estase sangüínea é maior no nível dos tornozelos onde há edema, acúmulo dos dejetos celulares; o sangue é mal oxigenado e a nutrição dos tecidos fica prejudicada; é justamente ai que as úlceras venosas são mais frequentes. Como a maioria das úlceras doem, principalmente quando inflamadas, as pessoas tendem a reduzir muito a movimentação do tornozelo, que em alguns casos fica totalmente rígido. Com isto passam a andar mancando, a musculatura da perna fica atrofiada prejudicando ainda mais a circulação venosa.

   Quais são as causas de úlceras venosas?
Há uma seqüência de eventos: edema (inchação), rompimento de capilares (os menores vasos sanguíneos) e o sangue com seus pigmentos mancha a pele. A pele reage com fenômenos alérgicos - eczema - que dá coceira. Veias mais superficiais nesta pele, já por si inflamada, podem se romper.
Ora, a rotura de uma destas veias, o ferimento provocado pela coçadura nos casos de eczemas, ou pequenos traumatismos (pancadas) produzem feridas que vão se alargando são as úlceras. Em condições normais tais ferimentos cicatrizam rapidamente. Na perna varicosa não ocorre o mesmo.

  Que tratamentos existem para fazer cicatrizar uma úlcera venosa?
  Qual o melhor curativo?
Se o paciente ficar em repouso absoluto com as pernas elevadas elas podem curar-se sozinhas.
Uma das principais medidas é a manutenção da ferida limpa. A limpeza da úlcera se faz com jato de soro, associado ao bicarbonato de sódio para diminuir a sensação de ardência. Vários são os tipos de curativos, mas qualquer um deles deve estar associado à compressão, com ataduras ou meias elásticas corretamente indicadas pelo médico.
Há polaina de tecido e velcro, bem como a clássica e secular Bota de Uma de fabricação caseira. hoje já há a preparada comercialmente. Ela associa à compressão, o curativo com óxido de zinco, mas há pacientes alérgicos a este produto.
Atualmente estão disponíveis diversos tipos de curativos que agem mantendo a ferida fechada. Sua utilização deve ser orientada pelo médico especialista.
Quando as úlceras são extensas e não existe infecção, pode-se fazer enxertia cutânea que, além de abreviar o tempo de cicatrização, permite maior resistência às recidivas, isto é a volta do aparecimento das úlcera.
Em muitos casos de úlceras varicosas há indicação cirúrgica de tratamento das varizes. Esta indicação somente poderá ser feita por médico especialista, após estudo cuidadoso. A cirurgia só poderá ser realizada após a cicatrização da úlcera ou quando a mesma estiver totalmente isenta de material purulento.


Síndrome de Down: o preconceito é a maior barreira

A gravidez traz muitas expectativas e surpresas para os pais. A ultrassonografia que mostra o pequeno coração batendo, os movimentos dentro da barriga da mamãe, a interação entre os pais e o filho.
Síndrome de DownTudo parece perfeito, até que o resultado de um exame traz a notícia de que o bebê tem Síndrome de Down. Os pais já ouviram falar muito sobre o assunto, mas nunca imaginaram que aconteceria com eles. Estima-se que, para cada 700 nascimentos, 1 bebê tenha Down.
Há mais de um século foram escritos os primeiros textos sobre o tema. O médico inglês John Langdon Down descreveu, em 1866, as características de uma síndrome, a qual chamara, na época, de mongolismo, em razão da semelhança dos traços físicos com o povo mongol – termo atualmente considerado extremamente pejorativo. Só no fim da década de 1950 é que o assunto foi um pouco mais detalhado. O médico francês Jerome Lejéune desmistificou o porquê de os bebês nascerem com os mesmos traços: ele identificou uma alteração num dos cromossomos e a nomeou de Síndrome de Down, em homenagem ao especialista que iniciou o tema no meio científico.
Nos últimos anos, o cenário mudou. Os portadores da síndrome participam ativamente da vida familiar, escolar e do lazer. Com mais acesso, tornam-se mais independentes e a auto-estima cresce
A diferença encontrada foi no cromossomo 21. Quando os 23 cromossomos da mãe encontram os 23 vindos do pai, numa das divisões ocorre uma ação ainda não identificada, que faz com que, em vez dos 46 cromossomos esperados, o feto tenha 47. Trata-se da trissomia do cromossomo 21, que ocasiona um trio, no lugar de um par de cromossomos. Essa é a alteração genética mais comum, a trissomia livre.
Há também a translocação cromossômica, que é mais rara e consiste no fato de o cromossomo 21 (extra) estar conectado a outro cromossomo. Nesse caso, na maioria das vezes, o pai ou a mãe já carregam essa alteração. Por fim, há o mosaicismo, que também é raro e caracterizado pelo fato de algumas células terem 46 cromossomos e outras, 47.
Ainda há estudos para levantar quais são os fatores que desencadeiam a síndrome e que pretendem desvendar o que ocorre durante a divisão de células para resultar no problema. Sabe-se apenas que a idade avançada da futura mãe pode facilitar sua ocorrência. A estimativa é de que a partir dos 35 anos haja a probabilidade de 1 entre 275 bebês nascer com essa anomalia genética, enquanto aos 20 anos, é de 1 em 1.600 crianças. Com mais de 40 anos, a previsão chega a ser de 1 bebê em 100.
Esses primeiros passos de Lejéune e Down conduziram a história de luta contra o preconceito da sociedade. Afinal, a informação é a grande aliada contra a discriminação. Os ganhos foram enormes, sobretudo ao pensar que, décadas atrás, as pessoas com Síndrome de Down eram internadas em manicômios, isoladas e subestimadas quanto à sua capacidade. É claro que ainda há muito que fazer em prol dessa causa. Tanto que, em pleno século XXI, ainda há discussões acerca de sua inclusão social.
"Nos últimos anos, o cenário mudou. Os portadores da síndrome participam ativamente da vida familiar, escolar e do lazer. Com mais acesso, tornam-se mais independentes e a auto-estima cresce", garante a dra. Ana Cláudia Brandão, pediatra e coordenadora do Centro Integrado de Atendimento à Criança e ao Adolescente com Síndrome de Down do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE).

Traços comuns

Os olhos amendoados, a face achatada, o pescoço curto, os dedos das mãos menores, menor força muscular são características comuns por conta da trissomia do cromossomo 21. A possibilidade de ter doenças associadas – como problemas cardíacos e respiratórios, alterações auditivas, de visão e ortopédicas – também está presente. Mas, como para qualquer outra criança, isso pode ser tratado e deve ser acompanhado por especialistas.
Outra característica comum entre as pessoas com Síndrome de Down é o ritmo particular para aprender. "Apresentam déficit intelectual de nível leve a moderado, dificuldade de aprendizagem de tarefas da vida diária, acadêmica e de raciocínio. Mesmo assim, a maioria das crianças consegue entrar na escola comum, basta ter um currículo adaptado, levando em consideração seu potencial", explica a dra. Ana Cláudia.
Elas merecem ser olhadas pelo potencial que podem desenvolver, pois são capazes. Esse olhar muda a vida da criança
Entretanto, se desde pequenino o bebê receber estímulos motores e cognitivos (de intelecto), conseguirá usar todas as ferramentas a seu favor. As crianças engatinham, andam, correm, sentam. Esse trabalho de terapias estimula o desenvolvimento do equilíbrio, da postura, dos movimentos e do raciocínio. "As práticas garantem o futuro da criança. Assim, quando adulta, terá possibilidade de vida mais independente, de trabalhar, de usar transporte público. Elas merecem ser olhadas pelo potencial que podem desenvolver, pois são capazes. Esse olhar muda a vida da criança", enfatiza a pediatra.

Notícia antecipada

Se antes os pais sabiam que o filho apresentava alguma alteração genética somente após seu nascimento, agora a mamãe pode se submeter ao One Stop Clinic for Assessment of Risk, o O.S.C.A.R., exame que rastreia essas diferenças nos genes ainda no primeiro trimestre da gestação, entre a 11ª e a 14ª semanas. O diagnóstico mais comum é a trissomia cromossômica.
O exame é simples e rápido. A partir da análise do sangue da mãe, que traça o perfil bioquímico, e da ultrassonografia morfológica, que demonstra a formação do osso nasal e a translucência nucal (acúmulo de líquido na região da nuca, que desaparece após a 14ª semana de gestação), é possível fazer o mapeamento de um possível diagnóstico. Caso o resultado seja positivo, outros exames mais invasivos são recomendados. Com assertividade de 99,9%, a coleta do líquido amniótico e da placenta confirma ou descarta o diagnóstico.

Espaço para os especiais

Desde março de 2008, o Hospital Israelita Albert Einstein se vale de mais um aliado para atender as pessoas com Síndrome de Down. É o Centro Integrado de Atendimento à Criança e ao Adolescente com Síndrome de Down, integrado à Clínica de Especialidades Pediátricas e ao Centro de Reabilitação. Além do acompanhamento pediátrico especializado, cardiologistas, endocrinologistas, ortopedistas, oftalmologistas, entre outros, acompanham os pacientes para avaliar se apresentam as doenças mais comuns.
Fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos também fazem parte dessa abordagem multidisciplinar. Os profissionais cuidam da estimulação precoce, desenvolvendo a fala, a parte cognitiva e motora. Esse acompanhamento é realizado desde os primeiros meses de vida, e a frequência no atendimento depende das necessidades de cada criança. A partir das avaliações é feito um relatório para o pediatra, com sugestões de procedimentos em busca do progresso dos pequenos e adolescentes.

Cientistas identificam proteína capaz de eliminar sintomas de Alzheimer....

A pesquisa usou um remédio que já existe para tratar ratos com a doença.

Cientistas americanos anunciaram nesta quinta-feira (9) um avanço no combate ao Mal de Alzheimer. A pesquisa usou um remédio que já existe.
Encontrar a cura para uma doença degenerativa do cérebro, o Alzheimer. É a batalha diária de uma equipe de pesquisadores de Ohio, nos Estados Unidos. E eles deram um passo que está sendo comemorado pela comunidade científica. A descoberta envolve um medicamento usado para o tratamento do câncer de pele, o bexarotene.
O alvo é uma proteína produzida naturalmente no cérebro, a beta-amiloide. Nos pacientes com Alzheimer, essa proteína se acumula e se torna tóxica, formando placas.
Os pesquisadores descobriram que o bexarotene estimula a produção de uma outra proteína, a APO-E, que, no estudo, foi capaz de dissolver as placas que levam aos sintomas da doença.
Os cientistas usaram o medicamento para tratar ratos com Alzheimer. "No 14º dia, nós registramos uma queda significativa na presença da beta-amiloide no cérebro dos ratos, e depois desses 14 dias, a redução chegou a 75%", diz a doutora Paige Cramer, da Universidade Case Western Reserve.
Depois do tratamento, também foi observada uma melhora na memória e no olfato das cobaias, que são afetados pelo Alzheimer.
A próxima etapa da pesquisa é o teste em humanos, que deve começar logo. Apesar de estarem animados, os cientistas fazem questão de deixar claro que o bexarotene ainda não pode ser usado para tratar o mal de Alzheimer. Mas o caminho é realmente promissor.

Juramento do Enfermeiro


Juramento do Enfermeiro

17 de fevereiro de 2012

JURAMENTO OFICIAL DO CURSO DE ENFERMAGEM
Juro dedicar minha vida profissional a serviço da humanidade, respeitando a dignidade e os direitos da pessoa humana, exercendo a Enfermagem com consciência e dedicação, guardando sem desfalecimento os segredos que me forem confiados. Respeitando a vida desde a concepção até a morte, não participando voluntariamente de atos que coloquem em risco a integridade física e psíquica do ser humano, mantendo elevados os ideais da minha profissão, obedecendo os preceitos da ética e da moral, preservando sua honra, seu prestígio e suas tradições.